segunda-feira, 27 de abril de 2020

Capítulo 32 - Versículo 3 - Me Matando


Quando a saudade aperta
Saímos dessa inércia
Nós, mais que depressa
Vamos rumo ao outro encontrar
Trem-bala sem paradas
Seguimos em velocidade máxima
Quando caímos em si
Evitamos um no outro colidir
Paramos antes de nos tocarmos
Para novamente não nos machucarmos


    
  
                                               Permaneço e deixo
                                               A vontade me consumir
                                               O veneno do seu beijo
                                               Permanece em mim
                                               Me matando

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Capítulo 32 - Versículo 2 - Pique-Esconde


Fico em dúvida se faz propositalmente
Mas acaba por fazer querer me afastar
Busco tempo para estarmos os dois, somente.
E no meio da conversa começa a falar de outros caras
Vou seguindo, de quem amo, escondendo.
E se te falasse os meus reais sentimentos
Alguma mudança teria no rumo dos acontecimentos?
A minha procura é pelo melhor esconderijo
E para ele, o que realmente sinto, lhe dirijo
Pare de ficar desesperada tentando me acertar
Deixo o meu coração em segurança onde não possa encontrar
Cansei de contigo trocar alfinetadas
Medicinais como acupuntura e outras são para machucar
Por medo posso ter deixado passar a chance de ficarmos juntos
Correr, até ser inalcançável, diz o meu sexto sentido
A brincadeira tem que acabar para ninguém mais sofrer
Salvo todos
As lágrimas, as magoas, a raiva, somente...
Desisti de você

Capítulo 32


Virei o conselheiro mais requisitado
Não, apenas querem que eu recolha
Quando cai no ventilador
Toda a merda que fazem
Pensam que sou a porra de um monge
Porque me recolho
E vivo sem perturbar ninguém
Veem a mim em busca
Da sua dose diária de palavras de conforto
Qualquer coisa além do que esperam ouvir
- Nossa como você é grosso!
Nunca fui santo e quem dirá, perfeito
Tantos defeitos e eles não fazem ideia?
Estou ainda mais cansado
Ainda menos sociável
Vejo tudo sendo feito da forma errada
Nem tudo é da minha conta
E mesmo que eu seja capaz
Obrigação nenhuma de resolver os seus problemas
Mesmo que eu tenha uma filha
De nada vai adiantar
Se ela não me considerar um pai
Nem todas as coisas que quero para mim
Dependem somente de mim
Quando ouço um não
Para quê perguntar o por quê
Sempre que vier conversar
Seja narcisista, me fale de você.
É tudo o que vou querer saber
Começa o capítulo 32
Despejo tudo
Foda-se
Quero descansar
Me tratem como um monge
Que seja
Deixem “medeitar”

Prefácil

Poucos conhecem a minha correria
Histórias vão formando a minha bíblia
Pense direito e não me venha com histeria
Vários poemas e nada de heresia
Muitos ensinamentos
Coisas que a minha vó dizia
Inúmeras passagens do meu dia-a-dia
Assim vou escrevendo
O livro da minha vida